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Dados do estupro no país serão debatidos na Câmara

A repercussão em torno dos resultados de uma pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) motivou a realização de audiência pública conjunta das Comissões de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) e de Assuntos Sociais (CAS), na terça-feira (15). A sugestão foi feita pela senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), procuradora especial da Mulher no Senado.

Na divulgação inicial da pesquisa, em março, o Ipea chegou a informar que 65% dos entrevistados haviam concordado com a afirmação de que mulheres com roupas curtas merecem ser atacadas. O índice correto, no entanto, é de 26%. O instituto atribuiu o erro a um problema na tabulação dos dados.
A pesquisa do Ipea também indicou que 58,5% dos entrevistados concordam com a ideia de que “se as mulheres soubessem como se comportar, haveria menos estupros.”
Segundo o Ipea, apesar do erro, as conclusões gerais da pesquisa continuam válidas, “ensejando o aprofundamento das reflexões e debates da sociedade sobre seus preconceitos”.

A jornalista Nana Queiroz é uma das convidadas para a audiência pública. Ela é a idealizadora da campanha “Eu não mereço ser estuprada”, que mobilizou milhares de mulheres nas redes sociais, após a divulgação da pesquisa.

Também foram convidados o presidente do Ipea, Marcelo Neri, e representantes do Centro Feminista de Estudos e Assessoria (C-femea), da Secretaria de Políticas para as Mulheres, do Ministério da Justiça e da Secretaria de Direitos Humanos.

Agência Senado

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