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Campina Grande deve ganhar Veículo Leve sobre Trilho (VLT)

romero_obras408Mais um grande passo para que Campina Grande possa um sistema de Veículo Leve sobre Trilho (VLT), foi dado na manhã desta quarta-feira, 05, quando equipes técnicas da Secretaria Nacional de Transportes e Mobilidade Urbana do Ministério das Cidades e também da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), estiveram na cidade para avaliar a viabilidade técnica para funcionamento do serviço. Os técnicos foram recebidos pelo prefeito Romero Rodrigues e alguns de seus auxiliares diretos, como os secretários de Obras, André Agra; e de Desenvolvimento Econômico, Luiz Alberto Leite. O VLT, também conhecido como metrô leve ou metropolitano de superfície, é uma espécie de trem urbano e suburbano de passageiros, cuja implantação vai contribuir para a melhoria do serviço de transporte público, bem como da mobilidade urbana.

“Na realidade, estamos fazendo o trabalho preparatório, buscando apresentar subsídios e justificativas para evidenciar a viabilidade econômica da implantação de um VLT. Demonstramos que há demanda por parte da população para uso deste tipo de transporte público. Temos potencial para este tipo de investimento, destinado a integrar áreas centrais e periféricas”, destacou Romero, acrescentando que está envidando esforços para formular parcerias com o governo federal, visando viabilizar o uso de trens urbanos em Campina Grande.

Como parte deste esforço e trabalho de convencimento, o prefeito “arregaçou as mangas”, em pleno feriado, para mostrar aos técnicos todo o itinerário da linha férrea de Campina Grande, começando do Distrito de Galante, passando pela área do futuro Complexo Aluísio Campos, além de outros setores da parte urbana da cidade, englobando ainda a parte central até o local onde estão instalados os campi da UEPB e da UFCG.

“Acreditamos, portanto, que há uma tendência e viabilidade deste benefício, mesmo porque, nas origens históricas de Campina Grande, existia transporte de passageiros por meio de trens, atendendo a linha entre a sede do município e o Distrito de Galante. Havia, até então, o uso de transporte ferroviário entre Campina e outros municípios, como Puxinanã e Pocinhos, entre outras várias cidades”, afirmou o prefeito, destacando, ainda, que o projeto poderá revolucionar o perfil de mobilidade urbana na cidade, evitando-se, por meio deste tipo de transporte de massa, a ocorrência de congestionamentos e outros problemas.

De acordo com o secretário André Agra, ficou demonstrada a viabilidade da implantação do VLT, usando-se os 15,2 Km de linha férrea dentro da área urbana campinense, pois ela passa pelo Complexo Aluísio Campos, corta a cidade e vai até o pólo universitário. “Hoje, temos demanda suficiente para bancar o funcionamento deste tipo de sistema, pois contamos com 50 mil universitários, milhares de trabalhadores, grandes empresas e outros fatores que demonstram a necessidade, em termos melhoria das condições de mobilidade urbana. Esta nossa realidade já foi encaminhada, em forma de projeto técnico, para as autoridades federais. Agora, os técnicos estão conhecendo, pessoalmente, o que lhes foi demonstrado no nosso projeto. Por isso, essa não é uma mera visita de sondagem, mas de coleta de informações para que apresentem um parecer final”, disse.

A gerente de Projetos do Ministério das Cidades, Cristina Maria Soja, confirmou que a meta da visita foi conhecer a realidade local para que o projeto do VLT avance. Segundo ela, agora será possível uma avaliação definitiva para a implantação do beneficio. “Aqui estamos conhecendo e identificando os pontos fortes e necessidades do município quanto a este tipo de transporte. Este trabalho faz parte do processo de implantação”, afirmou, reconhecendo ainda o trabalho dos que fazem a PMCG quanto ao fornecimento de todos os dados necessários à análise do projeto.

Já o superintendente da CBTU, Wladme Macedo, garantiu que Campina Grande reúne amplas condições para desfrutar de um VLT. Isto porque a cidade conta com um traçado ferroviário muito favorável à implantação desta modalidade de transporte público de passageiros. “Esta é a realidade que constatamos nesta visita e a CBTU tem todas as condições de auxiliar a PMCG neste projeto, possibilitando o emprego de 15 km de linha, do Complexo Aluísio Campos ao bairro do Araxá. Depois, havendo viabilidade, poderíamos expandir esta linha até o Distrito de Galante”, completou.
PMCG

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