Saúde

Secretaria de Saúde realiza levantamento da infestação do Aedes aegypti

Durante a pandemia da Covid-19, a Secretaria de Saúde de Campina Grande precisou adaptar o trabalho de combate e controle da infestação do Aedes aegypti à realidade provocada pelo novo coronavírus. Com a impossibilidade de os agentes de Combate às Endemias entrarem nas casas dos moradores, a Gerência de Vigilância Ambiental adotou uma nova estratégia de verificação do índice de infestação do mosquito na cidade com uso de armadilhas e, mais importante ainda, conseguiu retirar 19.140 ovos do Aedes das ruas do município.

A estratégia de armadilhas é o sistema Ovitrampas, implantado pelo Ministério da Saúde em 143 cidades do país. Antes, o Ovitrampas era utilizado somente para resgatar ovos do mosquito e testar, em laboratório, a resistência desses ao larvicida. A Secretaria de Saúde adaptou a estratégia para fazer o levantamento do índice de infestação e também para realizar o combate ao mosquito. Foram implantadas mais de mil armadilhas nos bairros da cidade. O Ovitrampas é um recipiente com água e outro produto que serve como atrativo sexual para o mosquito fêmea depositar seus ovos.

Os Agentes aplicaram a armadilha no dia 20 de julho e recolheram no dia 7 de agosto. “Geralmente o Ovitrampas é usado para verificar a eficiência do larvicida utilizado no combate ao Aedes mas, em Campina Grande, houve uma inovação. Nós adaptamos para fazer o levantamento do índice de infestação, já que não podíamos fazer o levantamento nas casas”, explicou a gerente de Vigilância Ambiental, Rossandra Oliveira.

E não foi apenas essa a inovação. Com a medida, a Secretaria de Saúde conseguiu eliminar os mosquitos antes de eles virem a nascer e isso sem usar larvicida ou inseticida. “Outro grande diferencial é que colhemos e eliminamos os ovos antes que eles se tornassem os alados do mosquito e isso sem usar nenhuma gota de veneno, o que é muito importante para o meio ambiente”, disse.

Índice de infestação – A Gerência de Vigilância Ambiental realizou os estudos com o Ovitrampas e foi possível identificar que o índice de infestação na cidade é de 7,2%, o que é considerado alto.

No total, 40 bairros apresentaram índice acima de 4,0%, o que representa alto risco de proliferação de doenças transmitidas pelo mosquito. Apenas três bairros ficaram com índice abaixo de 1,0%, que é o resultado ideal, e 10 bairros ficaram entre 1,0% e 4,0%, o que significa dizer que estão enquadrados no médio risco. O índice mais baixo registrado foi 0,6% e o mais alto foi de 11,0%.

“Esse resultado é um reflexo do que aconteceu com essa pandemia, já que os agentes não podem entrar nas casas e eliminar os focos do mosquito. Então, mais do que nunca, a atenção dos moradores na prevenção é fundamental nesse momento”, explicou Rossandra.

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