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Meirelles: reforma da Previdência terá efeito imediato nas contas públicas

A aprovação da reforma da Previdência Social terá impactos imediatos nas contas públicas e será “fundamental” para que a economia brasileira gere mais empregos e não entre em falência. A avaliação foi feita nesta quinta-feira (11) pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.

“A reforma da Previdência começa a fazer efeito imediatamente”, declarou Meirelles, durante entrevista ao programa Agora Brasil da Rede Nacional de Rádio. “A economia fiscal do projeto como está hoje gera algo um pouco superior a R$ 600 bilhões acumulados em dez anos [de economia]”, estimou.

Na visão do ministro, a economia brasileira já saiu do “fundo do poço” diante das reformas aplicadas pelo governo federal. Na ocasião, citou como exemplo o controle da inflação, o retorno da credibilidade e o ajuste nas contas públicas realizado no último ano. “Herdamos a maior recessão da história. Encontramos uma situação que era absurda. Agora, está tudo voltando ao normal”, ressaltou.

Aprovada numa comissão especial da Câmara dos Deputados, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que altera as regras previdenciárias prevê a adoção de uma idade miníma de 65 anos para homens e de 62 anos para mulheres terem acesso ao benefício, diante de um tempo de contribuição de 25 anos.

“A reforma da Previdência é fundamental porque hoje os brasileiros que estão contribuindo não estão contribuindo para gerar recursos e receber depois. Estão pagando a aposentadoria de quem já está aposentado”, afirmou. “Estamos tomando empréstimo para pagar as aposentadorias, o que vai aumentar a dívida pública. Isso é insustentável”, completou.

Com a reforma da Previdência, pontuou o ministro, não será necessário que as aposentadorias sejam suspendidas no futuro e haverá garantia de que as pessoas recebam seu direito social no futuro, como outros países tiveram de fazer. Para ele, o Brasil precisa crescer para gerar emprego e renda.

Crescimento

Ao ressaltar a situação da economia brasileira observada no início do governo, Meirelles avaliou que o desemprego e a recessão foram resultado de gastos excessivos feitos no passado e geraram um aumento “absolutamente descontrolado” do endividamento público.

No entanto, pontuou o ministro, as reformas econômicas postas em prática pelo governo federal conseguiram reverter a trajetória negativa da economia brasileira. “Agora nós já saímos do fundo do poço. Já estamos crescendo porque o governo federal cortou despesas e estamos fazendo as reformas necessárias”, disse.

Nas estimativas do ministro, a economia cresceu no primeiro trimestre do ano e o emprego deve começar a aumentar já no segundo semestre de 2017. Meirelles reforçou que a queda da inflação e da taxa de juros são fundamentais nesse processo. “Um país quebrado não vai resolver o problema de ninguém. Precisamos ter um País crescendo, gerando emprego e renda”, afirmou.
Portal Brasil

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