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Vereadores cobram dos senadores posicionamento contrário à reforma

Os vereadores campinenses vão elaborar um documento contendo um conjunto de reivindicações contra a proposta da Reforma Trabalhista para ser encaminhado ao Senado. O objetivo principal é pedir que os senadores, principalmente da bancada paraibana, se posicionem contrários às mudanças. O documento é um dos resultados da Audiência Pública, realizada na manhã desta quarta-feira (03) na Câmara Municipal de Campina Grande, que discutiu o assunto.

A audiência foi proposta pelos vereadores Olímpio Oliveira (PMDB) e Galego do Leite (PTN). Contou com representantes do Ministério do Trabalho, da Central dos Trabalhadores do Brasil, do Sindicato dos Trabalhadores Públicos Municipais do Agreste da Borborema (Sintab), da Força Sindical, Associação dos Docentes da Universidade Estadual da Paraíba (ADUEPB) e outras entidades representativas. Aprovada na Câmara dos Deputados, a Reforma Trabalhista tramita no Senado.

“Juntamente com os demais colegas e a presidente da Casa, a vereadora Ivonete Ludgério, vamos elaborar um documento e encaminhar aos senadores. Tomara que haja tempo para que esse documento chegue não somente aos senadores, mas a todos os deputados federais, caso haja alguma emenda e a discussão possa voltar à Câmara dos Deputados, e que num momento de sensatez eles possam rever esse pacote de maldade onde está sendo retirado os direitos dos trabalhadores”, comentou o vereador Galego do Leite, ao término da audiência.

O vereador Olímpio Oliveira questionou o fato dos trabalhares terem sido deixados de fora das discussões. “Nós precisamos participar dessa discussão e por isso trouxemos essa questão para ser debatida aqui na Câmara”, explicou o parlamentar, que foi um dos autores da audiência pública.

A vereadora Ivonete Ludgério, que participou ativamente e presidiu boa parte da audiência, concordou que o atual sistema da previdência social apresenta graves problemas e necessita de revisões e readequações. “A reforma em si, nos moldes em que se encontra, entendo que está sendo imposta à sociedade, sem a devida discussão. Isto tem gerado uma série debates e conflitos entre as varias correntes do pensamento brasileiro, tendo em vista que tais propostas afetam diretamente toda a sociedade brasileira”, declarou a presidente.

A palavra de ordem dos representantes sindicais que usaram a tribuna da Casa de Félix Araújo foi de mobilização da sociedade no sentido de barrar a aprovação das mudanças nas leis trabalhistas propostas pelo Governo. A procuradora do Ministério do Trabalho, Andressa Alves, durante a audiência, declarou que a lei precisa ser atualizada, mas não dessa forma que, segunda ela, é um retrocesso.
Dirp/CMCG

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