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Infecção hospitalar por fungos, bactérias ou vírus atinge milhões

Um problema grave e complexo, a infecção hospitalar causada por fungos, bactérias ou vírus, atinge o mundo todo e representa uma das causas de morte em pacientes hospitalizados. As estatísticas mostram que nos países desenvolvidos a infecção hospitalar atinge 7% dos pacientes internados. Já nos países em desenvolvimento atinge cerca de 10% dos pacientes hospitalizados.

No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, a taxa média de infecção hospitalar é cerca de 15%. De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), as infecções hospitalares são responsáveis por mais de 100 mil mortes no Brasil todos os anos. Quanto maior for o tempo de permanência do paciente nas unidades de saúde, maiores são os riscos de contaminação, principalmente em internações em Unidades de Terapia Intensiva (UTI), cujas chances do paciente contrair infecção hospitalar aumentam entre 5 a 10 vezes.

O assunto será objeto de debate no Fórum Paraibano de Controle de Infecção Hospitalar, que acontecerá esta semana, precisamente nos dias 25 e 26 de maio, no Auditório de Fonoaudiologia do Centro de Ciências da Saúde (CCS), no campus-sede da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), em João Pessoa.

Na oportunidade, serão abordados aspectos como diagnóstico, controle e prevenção da infecção hospitalar. O evento é uma realização do Programa de Educação Tutorial do Curso de Farmácia (PET-Farmácia/UFPB), sob tutoria da professora Leônia Maria Batista, em parceria com a Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar e Serviços de Saúde (SBRAFH) e os Conselhos Federal e Regional de Farmácia.

O evento é gratuito e destinado a discentes e docentes de graduação na área de saúde de todas as instituições de ensino superior. A professora Leônia Maria Batista, doutora em Biologia Funcional e Molecular, explica que o intuito do fórum é escutar das pessoas que gerenciam os hospitais e as comissões de controle da infecção hospitalar o que existe em termos de diagnóstico, controle e prevenção, e também de dados estatísticos que revelem a situação atual da infecção hospitalar.

“A gente propôs esse tema nessa perspectiva de entender, de ver os dados epidemiológicos, porque o que a gente tem é subnotificado, a exemplo da taxa média de infecção hospitalar no Brasil que é cerca de 15%. Isso não é dado real, porque se morre todo dia de infecção hospitalar. Você faz uma cirurgia e não demora mais do que 24 horas no hospital e já te mandam para casa”, observa.

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