Saúde

Telemedicina ajuda na prevenção de diabetes no Brasil durante pandemia

O Conselho Brasileiro de Oftamologia (CBO) promoveu, no Novembro Azul, mês dedicado à conscientização sobre diabetes, um mutirão de teleorientação chamado 24 horas pelo diabetes. No dia 21, pacientes de todo o Brasil tiveram a chance de participar de sessões virtuais com médicos voluntários sobre o diabetes, recebendo informações sobre como tratar e prevenir a doença e suas complicações.
 
A liberação do uso da telemedicina, em caráter emergencial, durante a pandemia do novo coronavírus foi viabilizada pela aprovação, pelo Congresso Nacional, da Lei 13.989/20. A lei originou-se do Projeto de Lei 696/20, da deputada Adriana Ventura (Novo-SP) e outros parlamentares que fazem parte da comissão externa que acompanha as ações de enfrentamento à pandemia de coronavírus.

Adriana Ventura elogia iniciativa do Conselho Brasileiro de Oftamologia, ressaltando que antes da pandemia existia barreira para uso da telemedicina. “Com essa iniciativa, percebemos que todos são beneficiados”, afirma. Segundo ela, é facilitado o atendimento e o diagnóstico, evitando-se deslocamentos desnecessários.

Informação
“O projeto do CBO, fazendo essa espécie de mutirão virtual, é uma forma de levar informação importante, profunda, na linguagem que as pessoas possam entender, para todos os cantos”, afirma o oftalmologista Rafael Andrade, presidente da ONG Unidos pelo Diabetes.

“No período de pandemia,  a gente não consegue por em prática todas as nossas campanhas presenciais, como os mutirões do diabetes, a gente não consegue estar próximo da população para promover a educação em massa, até porque o paciente com diabetes é um grupo de risco importante, de mortalidade alta, para a Covid-19”, completa.

O médico destaca que o diagnóstico precoce é fundamental, para que o tratamento possa ocorrer antes que as lesões irreversíveis nos olhos, nos rins, no coração, entre outras, se consolidem.

Rafael Andrade acrescentou que o Brasil é o quinto país do mundo com mais pessoas com diabetes e o terceiro que mais gasta recursos com a doença. “É uma doença muito cara por conta das complicações crônicas, secundárias à doença”, disse. Além da cegueira, outras decorrências do diabetes são a amputação de membros, a insuficiência renal e a doença cardiovascular.

Gravidade da Covid-19
A preocupação com o diabetes aumentou com a pandemia do novo coronavírus. Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), pessoas com diabetes têm risco de maior gravidade se contraírem Covid-19, porém esse risco é muito menor se os níveis de açúcar no sangue estiverem controlados.

Conforme a SBD, as pessoas com diabetes que estão no grupo de maior risco para evoluir com as formas mais graves da doença são aquelas com longa história de diabetes, mau controle metabólico, presença de complicações, doenças concomitantes e especialmente idosos (maiores de 60 anos), independentemente do tipo de diabetes. 

Ainda de acordo com a sociedade, o controle glicêmico é a chave para lidar com o diabetes. Monitorar frequentemente a glicemia e ajustar medicações em geral ou insulinas – sempre com orientação médica – são procedimentos que podem prevenir complicações não apenas de Covid-19 como também do próprio diabetes.​

Agência Câmara de Notícias

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