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Bondade de Ricardo: Reajuste na tarifa d’água está acima da inflação

O presidente do Sindicato dos Urbanitários da Paraíba (Stiupb), Wilton Maia Velez, falou sobre o reajuste na tarifa da água destacando que está acima da inflação.

-É normal que o serviço tenha reajuste, mas é anormal que tenha um reajuste que seja praticamente o dobro da inflação no período. Se observar o cenário do reajuste do ano de 2016, que foi 21,71% e mais 12,38% agora em 2017, temos aproximadamente mais de 34% de reajuste na tarifa de água em dois anos. A inflação desse período de 2015 e 2016 dá aproximadamente 17%- explicou.

Wilton destaca que é falta de sensibilidade da Agência de Regulação do Estado da Paraíba(ARPB) devido ao momento econômico vivenciado no Brasil e na Paraíba, além da crise hídrica enfrentada no Estado.

– Nos últimos seis anos, de 2011 a 2017, a tarifa de água na Paraíba foi reajustada em 89,22% o que dá uma média anual de 14,87% de reajuste. Portanto, entendemos que esse reajuste é abusivo visto que está bem acima do IPCA, que foi apurado em novembro de 2016 e que foi na ordem de 6,89%. É uma prova de que a ARPB deu o reajuste quase que o dobro da inflação- frisou.

De acordo com o sindicalista, os insumos que estão sendo aplicados pela Cagepa na água do Açude de Boqueirão não podem ser utilizados como justificativa para o patamar do aumento  na tarifa d’água  que foi anunciado esta semana.

– A manutenção do abastecimento de água é obrigação do Estado, assim como o Estado é obrigado a ter educação, saúde, segurança, é obrigado também a manter a água sem necessariamente penalizar o consumidor. É natural que haja o reajuste da tarifa, assim como tem reajuste de gasolina, no feijão, no arroz haja o reajuste no serviço porque usa cloro, sulfato de alumínio, energia que tiveram reajuste, agora dentro dos patamares da inflação – concluiu.

Por fim, Wilton revelou que funcionários da Cagepa que realizam serviços externos estão sendo cobrados pelos cidadãos, que estão mostrando indignação com o reajuste feito na tarifa pelo governo.

– É lamentável porque sofremos duas vezes. Sofremos por ser consumidor e por ser funcionário da empresa. Uma crítica recai sobre nós como fôssemos culpados pela má prestação do serviço, pela falta de água, pela escassez e agora pelo reajuste. Nós somos tão vítimas desse reajuste e da escassez como o consumidor normal- concluiu.
Rádio Campina FM.
Paraibaonline

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