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CPI volta a convocar Queiroga e pede explicação por retirada de relatório ‘anti-cloroquina’

A CPI da Pandemia aprovou requerimento do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) para nova convocação do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Ele será ouvido no dia 18 de outubro. Este será o terceiro depoimento de Queiroga à comissão.

O presidente da comissão criticou a postura de Queiroga ao ser infectado pelo novo coronavírus, durante viagem aos Estados Unidos, no final de setembro. O ministro compartilhou em uma rede social, na época, um comentário de um internauta que, segundo Omar Aziz, questionava a eficácia das vacinas.

— No dia em que foi acometido de covid, o ministro repostou uma mensagem de uma pessoa dizendo: ‘O senhor não foi vacinado? Tomou as duas doses e pegou covid mesmo assim?’. Ministro Queiroga, a gente não esqueceu que o senhor repostou isso. Se o senhor passou 15 dias nos EUA e já está aqui no Brasil, é porque teve a oportunidade de tomar a vacina. Por isso o senhor está vivo — disse Aziz, referindo-se à quarentena nos EUA a que Queiroga foi obrigado por ter contraído o vírus.

Conitec

A CPI aprovou ainda requerimento, também de Alessandro, solicitando que o ministro da Saúde esclareça, no prazo de 24 horas, por que foi retirado de pauta de votação da Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias) um relatório contrário ao “tratamento precoce” com hidroxicloroquina, medicamento sem eficácia comprovada contra a covid. O requerimento também pede o envio do relatório na íntegra.

Na reunião da CPI desta quinta, o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) criticou Queiroga por ter retirado da pauta da Conitec a votação desse relatório.

— Nós retrocedemos. O ministro da Saúde, que veio a esta CPI de uma maneira humilde dizer que respeitava a ciência e iria se concentrar na vacinação, passou por uma transformação radical. Na ânsia de agradar o presidente da República, retira da Conitec o processo que claramente condena o uso inadequado da cloroquina. Que o ministro venha a se colocar diante da CPI — disse Tasso.

Agência Senado

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