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Doenças voltam a atacar e matar na pecuária do semiárido

“Foi comprovado, não só por mim, mas por colegas médicos veterinários, alguns animais com problemas neurológico muito grave”, esse é o início do diálogo do médico veterinário Gláucio Germano Brandão Maracajá, com Stúdio Rural, ao chamar a atenção de criadores e autoridades paraibanas sobre um possível foco de doenças denominadas de Clostidioses que, conforme aquele profissional, são bactérias que afetam o sistema nervoso central na pecuária com alta periculosidade em termo de transmissão e em termo de morbidade e mortalidade provocando morte em mais de 90% dos casos e ainda oferecendo riscos para os humanos que lidam de forma direta com esses animais.

“A nossa principal suspeita, eu falo suspeita porque não tivemos uma comprovação laboratorial, é que seja Clostridioses, a nossa região não tinha essa enfermidade e o que acontece é que tem adentrado no Estado da Paraíba muitos animais vindos principalmente do estado de Pernambuco sem controle nenhum sanitário, então nossas fronteiras estão abertas já que nossa Defesa Agropecuária vem sendo sucateada ao longo dos anos e, por mais esforços que seus funcionários façam pra tentar debelar isso e controlar, mas não tem como porque onde se trabalhava quatro ou cinco, hoje tem um, pra você ter uma ideia, então a Clostridiose tem afetado muito o pequeno produtor porque a perda em termo de mortalidade bovina tem sido alta, o índice de morbidade e de transmissão entre animais é altíssimo, o índice de mortalidade chega próximo dos 100% até porque o animal já aparece com seu sistema neurológico afetado com seus sintomas já bastante palpável ser ter mais tratamento, levando ao sacrifício do animal e ou esperar atingir o óbito”, explica Gláucio que é coordenador do Serviço de Inspeção Municipal de Campina Grande e presidente da Comissão sobre Inspeção, Defesa e Vigilância Sanitária do CRMV-PB, em entrevista que será amplamente veiculada no Programa Domingo Rural e Programa Esperança no Campo deste final de semana.

Aquele profissional da saúde animal e da saúde pública preventiva explicou que os sintomas inicias são perdas da coordenação motora do animal com características que se confundem com raiva que é uma doença que apresenta sintomas paralíticos com descoordenação motora e movimentos cambaleantes como se o animal estivesse bêbado, perdendo equilíbrio com fortes tremedeiras e queda fatal. “Quero deixar como recado de que vacine todo o seu rebanho, de bezerro, de cabrito, de borregos, até a vaca, o boi, a ovelha a cabra, tudo”, explica dizendo que teve oportunidade de fazer um trabalho numa propriedade rural onde a família agropecuarista perdeu 52 cabras e proporcionou informações importantes para quem venha a fazer aquisição de novos animais, de como identificar possíveis doenças no rebanho, dentre muitas outras.

Stúdio Rural / Programa Domingo Rural

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