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Feira mostra cultura e história dos índios brasileiros os Jogos Olímpicos

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Indígenas brasileiros das cinco regiões do país, representativos de 20 etnias, participam, a partir de hoje (11), da feira Cultura Indígena, na Fundição Progresso, no Rio de Janeiro, e que vai celebrar também o Dia Internacional dos Povos Indígenas, comemorado anualmente no dia 9 de agosto, foi instituído pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) em dezembro de 1994. segundo o cacique Carlos Tukano, presidente da Associação Indígena Aldeia Maracanã (AIAM).

O evento tem entrada franca e é organizado pela Secretaria de Estado de Cultura (SEC), em parceria com a Associação Indígena Aldeia Maracanã (AIAM) e com o apoio da Fundição Progresso e do Museu da Justiça. Essa é a terceira edição da feira, cujo objetivo é “mostrar a cultura dos povos indígenas”, segundo o presidente da Associação Indígena Aldeia Maracanã (AIAM), cacique Carlos Tukano.

O indigenista Toni Lotar, que participa da organização da feira, imagina que o número de etnias participantes pode aumentar à medida que os índios que vieram para a cidade vender artesanato durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos souberem do evento. “Eles vão aparecer e a gente vai acolher, porque a feira está aberta a eles também”.

Além da feira cultural, o evento exibirá ao público a exposição “O Rio Continua Índio”, montada pela primeira vez, no ano passado, no Museu da Justiça. A mostra é composta por painéis ilustrados com fotos, gravuras e mapas que contam de forma histórica e antropológica a presença dos indígenas no estado do Rio de Janeiro, desde antes da chegada dos colonizadores europeus até o surgimento da Aldeia Maracanã.

Segundo Toni Lotar, a exposição e a feira são oportunidades de os turistas nacionais e estrangeiros que estão no Rio de Janeiro para a Olimpíada e a Paralimpíada conhecerem um pouco a história dos indígenas brasileiros. “E ao vivo. Eles estarão aqui se apresentando, cantando, dançando. Vai ser um acampamento indígena no primeiro andar da Fundição”.

Durante a feira, além da venda de artesanato, haverá apresentações de cantos e danças indígenas, pintura corporal, contação de histórias, rodas de debates. O “mutirão” indígena, conforme definiu Lotar, se estenderá durante dois finais de semana prolongados, de quinta-feira a domingo. O primeiro vai de hoje (11) ao dia 14 e o segundo de 18 a 21 de agosto, no horário de 14h às 20h. Já a exposição “O Rio Continua Índio” é permanente e obedece ao horário de abertura da Fundição Progresso, às 10h.

A questão indígena estará presente em todos os debates, abordando a situação indígena no país. Entre os temas, estão a preocupação dos índios com a presença da Fundação Nacional do Índio (Funai), a demarcação de terras indígenas e a educação indígena. Toni Lotar lamentou que na programação do Comitê Rio 2016 para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos não tenha havido preocupação em promover algo relacionado aos índios brasileiros: “Por isso, a gente se preocupou em fazer esse trabalho aqui para a presença indígena ser valorizada, os turistas poderem ver, e os índios que estão perambulando pela cidade poderem chegar”.

As atividades envolverão representantes dos grupos Huni-Kuin (AC), Pataxó (BA), Tukano (AM), Guarani (RJ), Xavante (MT), Kayapó (PA), Tupi-Guarani (SP), Kaingang (RS), Xucuru Kariri (AL), Karajá (TO), Ashaninka (AC), Guajajara (MA), Fulni-ô (PE), Assurini(PA), Sateré Mawé (AM), Puri (RJ e MG), Tabajara (CE), Apurinã (AC), Pankararu (PE) e Potiguara (RN), entre outros povos indígenas brasileiros.

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