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Ministério descarta aumentar vazão do São Francisco em Boqueirão

Em atenção à matéria “Volume de água em Boqueirão não registra aumento desde o dia 3, diz Aesa”, publicada nesta quarta-feira (6) pelo Portal G1 na Paraíba, o Ministério da Integração Nacional vem a público esclarecer:

1.    Ao contrário do afirmado na reportagem, as manutenções do sistema do Eixo Leste do Projeto de Integração do Rio São Francisco não são responsáveis pelo fato de o volume do açude Epitácio Pessoa, em Boqueirão (PB), ter permanecido no mesmo percentual nos últimos três dias. Uma simples consulta ao Ministério da Integração teria fornecido essa informação.

2.    Como amplamente divulgado, o Governo do Estado interrompeu no último dia 26 de agosto o racionamento de água na região. Essa decisão, é lógico afirmar, ampliou sensivelmente o consumo local de água. Portanto, mais do que especular, essa é uma razão concreta e bastante forte para explicar a manutenção do índice. Mesmo assim, não houve redução e o nível da água (8,43%)  continua  acima do volume morto (8,2%).

3.    Também se pode afirmar que a água vem chegando ao Epitácio Pessoa com uma vazão de cerca de 4m3/s, o suficiente para abastecer uma cidade com cerca de 2 milhões de habitantes. Esse número significa mais que o dobro dos habitantes das 18 cidades abastecidas pelo açude em Boqueirão.

4.    Desde março deste ano, quando inaugurou o Eixo Leste, o Governo Federal tem fornecido a água em esquema de pré-operação. Nessa etapa estão sendo verificados os funcionamentos dos equipamentos eletromecânicos e, também, das estruturas de engenharia responsáveis pela condução de água.

5.    Ainda assim, mesmo que não possa ser considerado uma fonte hídrica estável por conta de eventuais ajustes dessa fase, o empreendimento permitiu ao açude superar o volume morto e, não só evitou que quase 1 milhão de habitantes da região metropolitana de Campina Grande sofresse com o colapso de água que estava iminente em abril, como permitiu o fim do racionamento na região.

6.    Importante ressaltar ainda que nessa fase de pré-operação, o Ministério da Integração Nacional tem arcado financeiramente com os custos de todo o sistema do Eixo Leste, que já beneficia a Paraíba.

7.    Além disso, os vários desvios das águas do São Francisco ao longo do leito natural do Rio Paraíba – já denunciados por este órgão em agosto ao Ministério Público Federal – também contribuem para a não ampliação do volume do Epitácio Pessoa;

8.    Por fim, é também equivocado afirmar que o Governo Federal anunciou entregar 9m³/s da água do Eixo Leste do Projeto de Integração do Rio São Francisco ao Estado da Paraíba. Na verdade, 9m³/s refere-se à capacidade máxima da última estação de bombeamento (EBV-6) deste trecho. Depois de passar por essa estrutura, o ‘Velho Chico’ é conduzido por gravidade por canais e adutora até o leito do Rio Paraíba. Portanto, a vazão não poderia se manter igual.
ascom

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