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Municipalização de serviços promove novo modelo de administração

Quando assumiu a Prefeitura, em janeiro de 2013, a administração da gestão municipal de Campina Grande encontrou muitos desafios em todas as áreas do governo. Na pasta da Saúde, os problemas foram tratados como oportunidades para tornar mais rápido o acesso aos serviços, qualificar os processos de trabalho e, acima de tudo, garantir aos campinenses o direito ao atendimento humanizado. A eficiência na superação das dificuldades encontradas na área pode ser comprovada na melhoria dos indicadores de saúde e na reestruturação e fortalecimento das redes de cuidado. Para isso, o governo precisou até mesmo assumir a gestão de serviços que antes eram privados.

Já nos meses iniciais da primeira gestão Romero Rodrigues, a Secretaria Municipal de Saúde precisou lidar com o possível fechamento do mais antigo hospital privado da cidade, o Pedro I, que pertencia à Maçonaria. Para impedir que a unidade hospitalar encerrasse suas atividades, a Prefeitura decidiu comprar o hospital. A unidade foi reformada, teve o centro de imagens reestruturado e passou a realizar todos os atendimentos para a população pelo Sistema Único de Saúde. Sob a gestão pública, o Pedro I se tornou referência no tratamento das crianças com microcefalia.

Com a municipalização do Pedro I, a Secretaria de Saúde retomou a realização das cirurgias eletivas (que são aquelas sem caráter de urgência e emergência). Desde 2013 já foram realizadas mais de 6.600 cirurgias em diversas especialidades, como a ginecologia, otorrino, vascular, cirurgia geral, cardiologia, neurologia e mastologia. O número deste tipo de procedimento foi aumentando a cada ano e, em 2015, o Pedro I foi o hospital público na Paraíba que mais realizou cirurgias eletivas no estado.

Outra oportunidade encontrada pela gestão, com aquisição do Pedro I, foi a ampliação da oferta de exames de imagem e consultas médicas. A unidade ganhou mamógrafo, tomógrafo, raios-x digital e aparelho de endoscopia. Desde a municipalização já foram feitos mais de 140 mil exames e 46 mil consultas especializadas. Este ano, através de uma parceria com a Unifacisa, o Pedro I ainda passou a contar com um novo centro para realização de consultas, o Pedro I Especialidades, e uma ala geriátrica com 20 leitos para atender os idosos de forma mais humanizada e com mais conforto.

Hospital Dr. Edgley – Além do Pedro I, outro hospital privado da cidade também teve seus serviços municipalizados pela Prefeitura. Em janeiro de 2014 a crise financeira afetou o funcionamento do Hospital Dr. Edgley Maciel, colocando em risco a continuidade do tratamento dos pacientes renais que realizavam hemodiálise na unidade. Após assumir a gestão do hospital, a Secretaria Municipal de Saúde conseguiu manter o funcionamento do setor de nefrologia e adquiriu 20 máquinas para hemodiálise. Ainda foi possível ampliar os serviços do hospital, com o atendimento de clínica médica 24h e a oferta de consultas e exames especializados.

A partir da municipalização dos serviços, a Prefeitura implantou 15 leitos para o serviço de saúde mental. Com isso, o Dr. Edgley passa a ser o primeiro hospital geral da Paraíba a contar com o Serviço Hospitalar de Referência para atenção às pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, dentro dos padrões do Ministério da Saúde.

AACD – Outro serviço de saúde de Campina Grande afetado pela crise financeira foi a Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD). A partir de maio deste ano, as atividades da unidade campinense foram incorporadas pela Prefeitura, que passou a gerir o serviço e financiar todo o custeio para manter os atendimentos. Agora, a Secretaria Municipal de Saúde tenta habilitar o serviço, junto ao Ministério da Saúde, como Centro Especializado em Reabilitação (CER). A habilitação garantirá mais incentivos financeiros para a unidade, que passará a contar com mais profissionais, aumentando a capacidade de atendimento. Além disso, como CER o serviço de reabilitação terá ainda uma oficina própria para fabricação de próteses.

Responsabilidade – Com a municipalização de serviços privados de saúde, a gestão do prefeito Romero Rodrigues encerrou um ciclo de fechamento de hospitais privados na cidade, que já durava quase uma década. Ao quebrar esse paradigma, o governo municipal não apenas impediu o fechamento de hospitais, salvando centenas de empregos, como também ampliou sua responsabilidade com a gerência dos serviços de média e alta complexidade. Com a rede fortalecida o usuário, que está na ponta da Rede de Atenção Básica, passou a ter a garantia do acesso aos serviços especializados.

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