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TCU adota modelo personalizado de assistente de redação baseado em inteligência artificial

A partir desta terça-feira (20/6), o Tribunal de Contas da União (TCU) passa a adotar internamente um modelo personalizado de inteligência artificial (IA) baseada em processamento de linguagem natural. O novo assistente virtual é baseado na ferramenta ChatGPT, desenvolvida pelo laboratório estadunidense OpenAI.

chatbot, batizado de ChatTCU, poderá ser utilizado pelas equipes do Tribunal como apoio para otimizar tempo em produção de textos, adaptações para linguagem simples, traduções e análises relacionadas a ações de controle externo.

O ChatTCU oferece maior segurança, pois é executado na nuvem da Microsoft e não em ambiente público. As conversas também são protegidas por contrato, garantindo a confidencialidade das informações fornecidas pelos usuários. “Ao se utilizar uma ferramenta pública, existe o tráfego de dados sigilosos ou confidenciais sem a devida segurança. Mitigamos esse ponto ao compartilhar conteúdo exclusivamente com o ChatTCU, nossa IA interna”, afirma o secretário de Tecnologia da Informação e Evolução Digital do TCU, Rainério Rodrigues.

Modelo do TCU foi desenvolvido a partir da criação de Grupo de Trabalho e intensos debates

Em fevereiro deste ano, o Tribunal criou um Grupo de Trabalho (GT) para discutir e avaliar os riscos e as oportunidades do uso dessas ferramentas na Casa. Formado por representantes de diversas áreas do TCU, o time multidisciplinar vem realizando reuniões periódicas, inclusive com a Microsoft, e promovendo workshops e debates com servidores, colaboradores, estagiários do Tribunal e outras instituições que também utilizam assistentes de redação por IA.

“O grupo foi criado para fomentar o uso seguro e adequado das ferramentas de inteligência artificial no TCU, por meio da exploração de todos os benefícios possibilitados por tais soluções, da forma mais responsável possível, já que sua utilização é uma realidade. Discutimos e estudamos a tecnologia GPT com a nossa equipe de TI e chegamos ao modelo que estamos implementando no Tribunal”, garante Rodrigues.

O secretário explica que, mesmo que os textos produzidos pelo assistente de redação sejam coerentes, fluidos e forneçam informações relevantes de acordo com o contexto apresentado, é fundamental, por parte do usuário, análise crítica minuciosa. “É impossível excluir totalmente o fator humano desse processo de trabalho. A compreensão contextual, a empatia e a criatividade são elementos intrinsecamente humanos que desempenham papel fundamental na produção de conteúdo de qualidade, oferecendo insights e nuances que não podem ser totalmente replicados por máquinas”, ressalta.

O que esperar do futuro?

O ChatTCU nasce como ferramenta em constante evolução, que receberá atualizações à medida que novas funcionalidades venham a ser desenvolvidas. Essas novas versões permitirão, por exemplo, a expansão para buscas na internet para obtenção de conteúdo atualizado e a capacidade de responder a perguntas e resumir informações de documentos em PDF de forma rápida e eficiente.

Além dessas inovações, no futuro, o ChatTCU terá a capacidade de fornecer informações precisas e relevantes sobre processos específicos do Tribunal, por meio do acesso à base de dados do TCU na íntegra. Ao alcançar este patamar, o ChatTCU terá função mais proativa no auxílio aos profissionais da Casa em suas tarefas.

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