O prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSDB), desconfiou das motivações da Cagepa de expor dívidas da cidade para com a empresa, afirmando que elas são de gestões anteriores a sua.
– O débito deve existir há bastante tempo, que deve transcender nossa administração e muito. O fato é que a Cagepa tem que nos notificar, nós não fomos notificados. Em relação aos prédios que são locados nós pagamos mensalmente e o que há de compromisso e débito junto a Cagepa tem também que se fazer uma reflexão e reavaliação em relação ao regime de concessão. Nós temos que ver em que a Cagepa vai remunerar o município, quem em outros municípios com regime de concessão, ou estados, na realidade, há uma remuneração, há uma outorga que não paga por parte da Cagepa que, ao fazer a concessão, recebe uma remuneração em relação essa concessão – afirmou.
O prefeito de Campina Grande ainda esclareceu que medida deve tomar quanto à situação, tendo antes que analisar tudo que for necessário e chegando a cogitar judicialização caso o corte realmente seja feito na cidade.
– Então, vamos ver isso, colocar o preto no branco e, se for necessário, vamos solicitar a devolução da concessão ao município e o município vai abrir um processo licitatório em relação a isso e ver qual empresa que se habilita. Por que até hoje isso não foi administrativamente cobrado? Só agora nesse período que se aproxima das eleições? Você vai querer criar um conflito que expõe a prefeitura está devendo X, se o débito transcende e muito o período administrativo do qual nós fazemos parte. Se for cortar água de escola, de unidade de saúde, de hospital, nós vamos entrar na justiça e vamos buscar restabelecer esse direito no próprio judiciário paraibano – enfatizou.
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