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Reordenamento urbano do centro de João Pessoa é discutido

a Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) realizou sessão especial para debater o reodernamento do Centro de João Pessoa. A sessão reuniu representantes de instituições, além de comerciantes, e foi proposta pelo vereador Coronel Sobreira (MDB).

O parlamentar falou sobre a motivação para a realização do debate. “A Câmara Municipal está fincada no Centro da cidade e são problemas os mais diversos e soluções talvez complexas, mas para as quais o poder público, os órgãos precisam tomar providências, para que possamos trazer de volta o que era o Centro antes. Sei que existem muitas questões, como pandemia, compra online, órgãos públicos saindo, falta de moradia, enfim são muitos problemas, mas que nós precisamos ir passo a passo para não deixar pior do que já está e pelo contrário, ir melhorando pouco a pouco, fazendo com que o Centro seja pujante como sempre foi”, afirmou.

Marcos Henriques (PT) disse que é um debate que a cidade inteira acompanha e que o comércio do Centro está cada vez mais enfraquecido. “João Pessoa possui um dos centros históricos mais antigos do Brasil, mas o turista não pode ir visitar por conta da quantidade de assaltos registrados. O transporte coletivo é deficiente e não atende o Centro da cidade. As formas existem, mas elas precisam acontecer e é importante que os órgãos conversem entre si. Podemos fazer uma João Pessoa melhor com um Centro da cidade vivo”, acrescentou.

Já a presidente da Associação dos Ambulantes da Paraíba, Márcia Medeiros, afirmou que o Centro da cidade está abandonado e feio. “Queremos sim padronização, espaços definidos para os ambulantes, mas temos medo de ficar em algumas ruas escuras e esquisitas. É preciso que os ambulantes sejam vistos. As secretarias precisam trabalhar em conjunto. Como um lugar pode ter vida se não tem habitação? As pessoas que trabalham no Centro precisam morar no Centro e não fechar os seus negócios e ir para bairros distantes”, pontuou.

Por sua vez Land Seixas, presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais da Paraíba, alvo de seis arrombamentos num intervalo de duas semanas, pontuou que essa questão do reodernamento do Centro de João Pessoa tem que ser feita oferecendo mais segurança. “Podem ser feitas inúmeras moradias, mas ninguém vai querer morar se não tiver segurança. Nós temos feito diversas reuniões com grupo de moradores e de lojistas e eles são unânimes em dizer que gostam do Centro de João Pessoa, mas eles estão sendo impulsionados a deixar o Centro por conta da falta de segurança e essa é a maior realidade”, destacou.

Em sua fala, o coronel Eduardo Timóteo, comandante do 1º Batalhão da Polícia Militar, frisou que para que se possa reconstruir o Centro da cidade, é necessário que todas as instituições e a sociedade constituída possam participar dessa reconstrução. “Antes mesmo de a CMJP abrir as portas para discutir o assunto, o 1° Batalhão já abriu, não somente para receber sugestões de policiamento e reclamações, mas para fazer projetos e estamos fazendo, para que o Centro seja mais seguro. A Polícia Militar está fazendo o que deve que é o policiamento ostensivo e preventivo e está na vanguarda ao lado dos comerciantes e da sociedade que mora no Centro e que clama para que ele seja mais povoado, tenha mais aparelhos para que as pessoas possam habitar de forma mais igualitária”, ratificou.

Glauciene Almeida, representante da secretaria municipal de Habitação, explicou que a secretaria vem trabalhando em alguns projetos de habitação na área do Centro da cidade, a exemplo do antigo Ipase que deve ser transformado em um espaço de moradias e que tem a Prefeitura como parceira. “O prédio das Nações Unidas foi desapropriado pela Prefeitura e é um projeto que já está pronto. Com relação às unidades novas, nós temos a Proserv, que já foi demolida e a perspectiva é a construção de 120 unidades habitacionais no local”, colocou.

“Não é só a segurança, não é só a questão do ambulante, é uma questão bem complexa que envolve diversos segmentos. Hoje nós temos patrimônio histórico ali totalmente deteriorado e o custo para se reerguer um prédio desse tombado é altíssimo. O Centro Histórico possui diversas peculiaridades e uma delas é o tombamento”, concluiu Rodrigo Trigueiro, chefe de gabinete da Sedurb.

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