A capital paraibana registrou 529 casos de leishmaniose (calazar) no ano passado, segundo informações do Centro de Vigilância Ambiental e Zoonoses de João Pessoa. O número é menor que o registrado em 2015, quando foram 674 confirmações da doença, que ataca principalmente cachorros.
No total foram realizados 2.858 exames em 2016 em cachorros. Na Região Metropolitana, os bairros que ficam próximos aos municípios do Conde e Santa Rita são os que apresentam as maiores taxas de manifestação da doença, por conta das características naturais dessas regiões, explica o gerente do Centro de Zoonoses de João Pessoa, Nilton Guedes.
“O mosquito que transmite a doença vive em áreas silvestres. É um inseto que não se reproduz nas casas, a exemplo do aedes aegypti, mas sim nas matas, em substrato de plantas e materiais em decomposição”, disse. Bairro das Indústrias, Colinas do Sul e Alto do Mateus são alguns bairros onde há forte incidência do flebótomo, mosquito transmissor.
Para combater a doença, o Centro de Zoonoses realiza intervenções periódicas nessas regiões. “Temos duas frentes: a demanda passiva, quando os donos dos cachorros trazem o animal, e a busca ativa, quando verificamos as residências que ficam em áreas de grande ocorrência. Quando autorizados, fazemos o teste rápido nos animais e, quando confirmamos a doença, sugerimos a eutanásia”, disse.
Em humanos, foram 42 casos confirmados em toda a Paraíba no ano passado, com quatro óbitos, segundo informações da Secretaria de Estado da Saúde (SES). Este ano já foram dez confirmações em humanos em todo o Estado.