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Levantamento do TCU avalia práticas socioambientais das organizações públicas

O Tribunal de Contas da União (TCU) avaliou a governança integrada e as práticas socioambientais de 387 organizações da administração pública federal. O levantamento foi feito por meio do novo índice de avaliação de governança organizacional, o iESGo, que substituiu o Índice Integrado de Governança e Gestão públicas (iGG) para incluir parâmetros de sustentabilidade social e ambiental. O relator do processo é o ministro Vital do Rêgo, vice-presidente do TCU.

O iESGo foi aplicado pela primeira vez neste ano e constatou que muitas organizações ainda estão começando a adotar práticas sustentáveis, especialmente nas dimensões ambiental e social. O levantamento foi feito por meio de questionário de autoavaliação enviado às organizações.

O indicador que analisa a governança em sustentabilidade ambiental apontou que a maioria das organizações — cerca de 60% — não possui equipe ou responsável com dedicação integral para tratar do tema. Entre os outros 40%, metade não possui apoio das lideranças nas políticas e ações voltados para a área. A implementação de medidas para compensar a emissão de gases de efeito estufa teve o pior resultado, com 74% dos órgãos ainda não adotando essas práticas.

Nas questões referentes à governança de sustentabilidade social, o resultado foi semelhante, com aproximadamente 60% das instituições ainda em estágio inicial. O parâmetro que avalia ações de prevenção e combate ao assédio foi o que apresentou o maior número de organizações com avanço significativo: 43% implementam ações relacionadas ao tema.

A expectativa é que, ao longo dos próximos ciclos de avaliação, haja melhoria desses indicadores a médio prazo. “Apesar de os resultados incomodarem, é de certa forma natural que essas dimensões demonstrem relativo atraso de desenvolvimento quando comparadas às dimensões tradicionalmente avaliadas pelo TCU”, pontuou o ministro Vital do Rêgo, relator do processo.

Nas dimensões relacionadas à avaliação de governança organizacional e gestão pública, houve evolução em comparação com os resultados do último levantamento. A média do iGG nas práticas de liderança, estratégia, controle, TI e segurança da informação, pessoas, contratações e orçamento foi de 52%, em 2021, para 57% em 2024. O maior avanço aconteceu na dimensão orçamentária.

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