Nesta quinta-feira (17.10), Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) anunciou a adesão à Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. Em comunicado divulgado no site, defendeu a iniciativa como instrumento para proporcionar o impulso político necessário para recolocar o mundo no caminho da erradicação da fome e da pobreza.
O Pnud salientou a importância da iniciativa diante de crises e conflitos que agravaram a pobreza no mundo. Segundo estimativas do organismo, espera-se que, em 2024, existam cerca de 692 milhões de pessoas na pobreza extrema. Além disso, ressalta que, sem uma aceleração significativa nos esforços de redução da pobreza, menos de três em cada 10 países devem reduzir para metade as taxas nacionais de pobreza até ao final da década.
“A Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, proposta pela Presidência do G20 do Brasil, é indicativa de uma crescente vontade coletiva de acelerar os esforços nessa área crítica e fornecer o impulso político necessário para colocar o mundo de volta no caminho da erradicação da fome e da pobreza. Hoje, como parte da família da ONU, o Pnud junta-se à Aliança Global e está pronto para apoiar a operacionalização dessa iniciativa” , diz o administrador mundial do Pnud, Achim Steiner, em comunicado.
O Pnud chego no mesmo momento em que a Aliança ganhou a adesão do Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe (CAF). Na semana passada, a Alemanha foi o primeiro país a aderir à Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza. A Organização dos Estados Americanos se uniu como membro fundador, assim como a Câmara de Comércio Internacional e a Fundação Rockefeller anunciaram que irão contribuir com conhecimento e financiamento.
Pobreza Multidimensional
Dados divulgados pelo Índice de Pobreza Multidimensional de 2024, mostram que cerca de de 455 milhões de pessoas multidimensionalmente pobres vivem em países que experimentam conflitos, fragilidade ou ‘baixa pacificidade’. Em média, as taxas de pobreza são mais de três vezes mais elevadas em países que enfrentam guerras em comparação com aqueles que não enfrentam conflitos. Para Pnud, estudos
O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias reforçou a importância de contar com a parceria do Pnud e reforçou a urgência de combater a fome no mundo . “Alguém que passa fome não consegue dormir, não consegue estudar, não consegue viver. Estamos falando da vida e é isso que faz com que o presidente do Brasil, hoje um líder mundial da causa do combate à fome e à pobreza, também abrace essa missão na presidência do Brasil e do G20, com a Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza”, lembrou. “A adesão do Pnud será mais um passo fundamental nesse esforço coletivo de combate à fome e à pobreza”
