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Capacitação sobre os prejuízos no uso excessivo de telas

As 70 visitadoras e a equipe de coordenação do programa Criança Feliz, participaram de uma capacitação voltada aos prejuízos no uso excessivo de telas e aparelhos celulares por crianças na Primeira Infância e adolescência. Presentes também, equipes ligadas à Gerência da Criança e do Adolescente e Supervisão dos Centro de Referência em Assistência Social (Cras), da Prefeitura de Campina Grande, todos os serviços são ligados à Secretaria de Assistência Social (Semas). O evento foi realizado no auditório do Centro de Referência Regional em Saúde do Trabalhador (Cerest), no bairro Dinamérica.

A primeira palestra ministrada pelo Advogado Criminalista e Especialista em Direito Digital, Wendley Steffan, tratou sobre “Os Crimes Cibernéticos e os impactos na Primeira Infância”. Durante a explanação, foram tratados pontos como Aliciamento Sexual, Pornografia Infantil, Cyberbullyng e Fraudes Digitais, entre outros. De acordo com o especialista, em se tratando do trabalho específico das visitadoras do Criança Feliz e principalmente dos pais, que costumam deixar os filhos à vontade no uso do aparelho celular, é importante observar a reação da criança, quando o aparelho é retirado.

“A nossa orientação é que os pais ou mesmo adultos que monitoram crianças ou adolescentes, devem ficar atentos ao tempo em que eles permanecem no uso desses aparelhos e o tipo de interação que ele mais utiliza, se jogos digitais, desenhos, vídeos, etc. É a partir dessa observação, que o adulto pode negociar com esse público e sugerir interações mais saudáveis como jogos educativos, desenhos, entre outras. O importante, na medida do possível, é não permitir que ele acesse conteúdos indevidos para a idade”, disse o especialista.

Outras duas palestras sobre “O uso saudável das telas para preservar uma infância livre e criativa” e “O equilíbrio entre a atenção e interação quando há a presença de tela”, foram ministradas pelas psicólogas e supervisoras do Criança Feliz, Jéssika Sena e Camilla Queiroz.

A visitadora Claudete Elias, que atua há 6 anos no Criança Feliz e faz o acompanhamento de 34 famílias no território, estava atenta às explanações. “Já nos deparamos com bebês recém-nascidos que ficavam muito tempo em frente à televisão, por exemplo, sem que a mãe atente para os danos que essa exposição pode trazer para o bebê. Temos que lembrar que não é só o uso do celular, no caso de crianças maiores, e sim o excesso de telas que também traz muitos problemas. Temos conhecimento, a partir das explicações de especialistas, que a audição dos bebês se desenvolve ao longo do primeiro ano de vida, já a visão, só atinge a clareza de um adulto, por volta dos 3 aos 5 anos. Portanto o uso desses aparelhos sem monitoramento dos pais traz sérios prejuízos à saúde deles”, ponderou a visitadora.

Para coordenadora do Criança Feliz, Claudia Costa, temas como Adultização, Uso de Telas e Influenciadores Digitais, são trabalhados em capacitações como essa, mas também no dia a dia de trabalhos das visitadoras. “A meta do Criança Feliz é trabalhar o fortalecimento de vínculos. A família, assim como as crianças são convidadas e orientadas pelas nossas equipes a deixar as ‘telas’ de lado e promover o brincar. Enfrentamos resistências, mas com dedicação e paciência, elas conseguem fazer a família entender que é possível promover um ambiente saudável, seguro e divertido, sem o uso de telas, seja celulares ou outros aparelhos, de forma demasiada”, disse a coordenadora.

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