Desde o início do ano, a Energisa colocou entre suas prioridades o combate ao furto de energia no estado, por meio da campanha “Você sabe o que é certo. Errado é fazer gato”. Somente neste primeiro trimestre de 2017, a concessionária conseguiu regularizar a situação de 3.794 unidades consumidoras, que geravam uma perda de energia de 20.205 megawatt-hora (MWh), número que poderia atender 49.522 residências. Esse dado equivale a R$ 10.645 milhões de prejuízo para a empresa e toda sociedade – pois todos os clientes acabam pagando por quem utiliza energia desviada.
Segundo o gerente do Departamento de Medição e Combate a Perdas da Energisa, Fabrício Sampaio Medeiros, ao todo, de janeiro a março, já foram realizadas 11.991 inspeções em toda a Paraíba. “Estamos com uma equipe de profissionais 40% maior do que em 2016 atuando exclusivamente nesta ação de fiscalização. Nossa meta é reduzir os R$ 78 milhões registrados ano passado por furto de energia, quando o índice estimado de perda somente em João Pessoa foi de 154.885 MWh, número que representou 3,18% da energia distribuída em toda cidade”, afirmou.
Além dos prejuízos citados, os gatos geram impacto direto na arrecadação estadual de ICMS, tendo contribuído para que o valor fosse quase R$ 17,5 milhões inferior no ano passado e pouco mais de 2 milhões e 500 mil somente neste primeiro trimestre de 2017 – recurso que poderia ter sido investido em educação, saúde e segurança. Outro dado alarmante é que se não existissem gatos a conta de energia elétrica seria cerca de 5% mais barata para os consumidores, já que pelo modelo de composição da tarifa definida pelo órgão regulador, a Aneel, todos pagam parte do prejuízo provocado pelos gatos.
Importante: A prática de furto de energia coloca em risco vidas, pois pode causar choque elétrico, além de aumentar a probabilidade da ocorrência de incêndios por conta da sobrecarrega na rede e provocar instabilidade no fornecimento podendo resultar na queima de equipamentos elétricos não apenas de quem faz o gato, mas da vizinhança inteira. “É importante lembrar que o desvio de energia é um crime previsto no código penal. Neste primeiro trimestre, a Energisa contou com apoio policial em 18 ações que geraram prisões e processos criminais”, finaliza Fabrício.