Nordeste

Defesa Civil lamenta desperdício d’água e cobra ações

Em meio à grave crise hídrica que assola o Compartimento da Borborema, o governo municipal de Campina Grande lamentou nesta quinta-feira, 28, o registro de desperdício de água na cidade. Segundo levantamento feito pelo Instituto Trata Brasil, este índice chega a 41,1%, percentual bem acima do nível ideal, estimado em 15%. De acordo com o coordenador municipal da Defesa Civil, Ruiter Sansão, o problema deve ser coibido mediante providências emergenciais que devem tomadas por parte da Cagepa.

“De fato, consideramos lamentável o desperdício d´água, agora atestado por parte de mais um importante órgão de pesquisa. Providências imediatas precisam ser tomadas pelo órgão gestor estadual, pois o aporte hídrico do açude de Boqueirão, manancial que abastece a cidade, é de cerca de 30%, gerando preocupação para toda a nossa comunidade”, afirmou.

Segundo Ruiter, o Estado da Paraíba deveria seguir o exemplo de São Paulo, onde o próprio Ministério Público chegou a tomar a iniciativa de formular a devida ação jurídica para cobrar providências imediatas por parte do órgão responsável pelo abastecimento d´água naquele Estado. O resultado da ação do MP foi o racionamento, medida tida como impopular, porém necessária para a crise hídrica do momento.

“Na Paraíba, uma das saídas para se fazer frente ao desperdício d´água e a própria crise hídrica é também a realização de racionamento. Hoje, isso é uma realidade, uma medida inevitável, não se admitindo a omissão do órgão público estadual para coordenar e comandar ações de racionamento, apesar de ser uma medida tida como antipática”, ponderou.

Ainda segundo Ruiter Sansão, a Cagepa também precisa agir e desenvolver medidas destinadas, por exemplo, a coibir ligações clandestinas, que têm se multiplicado em várias áreas da cidade, especialmente na periferia. Além disso, sugere que o órgão estadual faça campanhas educativas e de conscientização ambiental, mostrando à população em geral a necessidade de não desperdiçar os recursos hídricos, cada vez mais escassos.

“Em verdade, esta é uma ação que deve, ainda, contar com o apoio e a participação de toda a sociedade. Combater o desperdício é uma ação coletiva, mas o órgão gestor precisa assumir o papel de coordenar esta iniciativa, mesmo, como já disse, tomando providências e medidas tidas como impopulares”, disse.
PMCG

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