Brasil

Marina cobra mais orçamento e novas medidas contra queimadas

Em audiência na Câmara dos Deputados marcada por embates entre governistas e oposição nesta quarta-feira (16), a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, atualizou as ações de enfrentamento aos incêndios florestais que atingiram o país nos últimos meses. A pior seca em 75 anos de medições oficiais no Brasil contribuiu para queimadas em quase todos os estados, com devastação mais acentuada na Amazônia, no Pantanal e no Cerrado. Hoje, 80% dos focos estão controlados.

Diante do “novo normal” das mudanças climáticas, Marina defendeu mais recursos públicos permanentes e novas medidas de adaptação aos eventos extremos.

“Aumentando os orçamentos, aumentando a nossa governança, inclusive criando novos paradigmas, como esse que falei sobre emergência antecipada: se nós decretarmos emergência climática antecipadamente, nós podemos estocar cesta básica, alimento, combustível e remédio até três a quatro meses antes”, disse.

Foi necessária uma medida provisória (MP 1258/24) de crédito extraordinário de R$ 514 milhões para enfrentar os incêndios florestais. A seca histórica foi enfrentada a partir de Sala de Situação com representantes de mais de 20 ministérios. O alerta de emergência ambiental foi dado por meio de portaria do governo federal em fevereiro; porém, a ministra disse que alguns estados só assinaram decretos de proibição de uso de fogo quando as queimadas se avolumaram. Três mil brigadistas foram contratados para reforçar as equipes do Ibama e do ICMBio. Segundo Marina, o cenário seria mais grave se o governo Lula não tivesse retomado ações de combate ao desmatamento paralisadas no governo anterior, como o Fundo Amazônia e os planos de ação para prevenção e controle do desmatamento.

“Se não tivéssemos essa redução de desmatamento, a situação poderia ser incomparavelmente pior, porque um dos vetores é o incêndio em função das derrubadas. E aí nós temos um fenômeno novo: agora nós temos algo em torno de 32% de incêndios em conformação florestal”.

Agência Câmara de Notícias

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