Política

Comissão Permanente de Saúde da CMCG vai apurar Mortes em Maternidades


Após o vereador Olimpio Oliveira (PMDB), alertar que, das 12 mortes registradas este ano no Estado, 06 delas teriam ocorrido em Campina Grande, sendo cinco mortes no Instituto de Saúde Elpídio de Almeida, (ISEA), e uma morte no Hospital da CLIPSI, de imediato o Presidente da Casa de Félix Araújo, vereador Antonio Alves Pimentel Filho (PROS) designou os vereadores, membros da Comissão Permanente de Saúde da Câmara, Ivan Batista (PROS), João Dantas (PSD) e Marinaldo Cardoso (PRB), para que apurem de imediato o fato, e ao final, apresentem relatório da inspeção.

Em seu pronunciamento, o vereador Pimentel Filho, destacou que o município de Campina Grande, devido à pactuação da saúde, atende mais de 170 municípios do Estado da Paraíba. Além deste fato, ele também destacou que, algumas Prefeituras praticam a chamada “Ambulância-Terapia”, que consiste na transferência de pacientes em trabalho de parto, em adiantado estado de periculosidade. “Alguns hospitais do interior, motivados pelo interesse de ganhar a verba do atendimento do SUS, retém as parturientes, apenas administrando tratamentos paliativos, e isto agrava a situação destas mulheres, pois, quando chegam ao ISEA, muitos casos são irreversíveis” alertou Pimentel.

De acordo com Pimentel Filho, outro fato que agrava os casos de saúde, e até provoca a morte das parturientes, é a ausência do pré-natal por parte dos municípios, e da falta de investimentos por parte do Governo do Estado, na construção de hospitais e maternidades estrategicamente posicionados nas diversas regiões do Estado. “A ressente iniciativa do Governo do Estado, foi construir um hospital Oncológico na cidade de Patos, mas, em contrapartida retiraria os recurso financeiros do hospital da FAP de Campina Grande, fragilizando ainda mais a saúde da cidade e do Estado no tratamento do Câncer” lamentou.

Durante o debate, o vereador Miguel Rodrigues (PPS) também ressaltou a importância da apuração dos óbitos pela Comissão de Saúde da CMCG, mas, ressaltou a importante do trabalho que o ISEA e os PSFs de Campina Grande têm desempenhado, através do acompanhamento de pré-natal. “O índice de mortalidade é quase zero para as parturientes acompanhadas em nossa cidade, e a mortalidade ocorrida no ISEA, são decorrentes de outros municípios que negligenciaram o Pré-natal de suas munícipes” destacou.

O Vereador Alexandre do Sindicato, presidente municipal do PROS, relembrou que na campanha estadual passada, o atual Governador, prometeu uma Maternidade em cada município do Estado, mas de lá para cá, nada mudou. Alexandre destacou também, que nos municípios do interior da Paraíba, nenhuma criança nasce mais, pois pela inexistência de hospitais ou maternidades, as parturientes tem que correr para Campina Grande, para que seus filhos nasçam no ISEA.

Ao termino da Sessão Ordinária, o presidente Pimentel Filho, formalizou o pedido aos vereadores que compõem a Comissão Permanente de Saúde, para que o fato seja apurado e encaminhado relatório para Câmara. “Enquanto o Ministério da Saúde não efetivar o Cartão SUS, através da Câmara de Compensação, garantido o pagamento a quem realmente realizou os serviços, nada mudará, pois atualmente Campina está pactuada com 170 municípios e ainda atende municípios dos estados do Rio Grande do Norte e Pernambuco e não recebe por estes serviços”.
CMCG303

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